sexta-feira, 12 de março de 2010

Confissões de uma hipócrita

Você já assumiu sua hipocrisia, sua mentira? Você não é sincero! Até quando vai mentir pra si? Até quando os outros precisam acreditar que sim quando na verdade é não, e vice versa? Quando sua máscara vai cair?
Estou aqui pra assumir minha hipocrisia. Assumir meu erro, meu egoísmo, assumir que muito quero e nada faço, muito desejo e pouco busco. Assumir que muitas vezes meus discursos são mais intensos que minha atitudes. Assumir que nem sempre tenho atitudes, às vezes me limito apenas aos discursos. Assumir que vou toda semana ao salão de beleza, muitas vezes até reclamo da comida que enche meu estômago, reclamo que não tenho roupa quando na verdade meu guarda-roupa está lotado. E não me venha falar dos pobres e desabrigados! Você não se preocupa com eles, e se se preocupa, é muito pouco! Pouco o suficiente pra nada fazer, pouco o suficiente pra não se mover. A verdade é que todo discurso é um tanto demagogo, assim como esse que você lê agora. Se estivéssemos tão preocupados em fazer o que sugerimos que seja feito, não nos permitiríamos perder tanto tempo, perderíamos nossa vida em favor daquilo que deve ser feito. Não nos preocuparíamos com questões tão tolas do nosso cotidiano.
Hoje, eu reconheço que menti. Menti quando disse que amava. Menti quando disse que me preocupava, quando na verdade eu nem ao menos via. Menti quando disse que os meninos de rua deveriam ter um lar, quando na verdade fechei o vidro do carro com medo de sofrer um ataque. Menti quando disse que amava o evangelho de Cristo, quando na verdade eu nem ao menos toquei em minha cruz, nem cheguei ao ponto de carregá-la. Menti quando disse que faria tudo pelo Reino, quando me envergonhei, tremi, e não falei, não distribuí, não amei, apenas menti.

C.

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